19 janeiro 2011

*EXEMPLO DE SOLIDARIEDADE E AMOR!

Numa iniciativa da Paróquia São José de Bicas, foi realizada uma campanha de doações para a população atingida pelas chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. O resultado foi uma grande mobilização repleta de solidariedade e amor de toda a sociedade que resultou numa quantidade inestimável de doações. Muita água, leite longa vida, fraldas descartáveis, colchões e muitos outros gêneros alimentícios que encheram dois caminhões, uma vam e uma kombi. É a contribuição da comunidade biquense que pede as bênçãos de Deus a todas as vítimas dessa tragédia para que tenham forças e possam reconstruir suas vidas. Parabéns ao povo de Bicas! 

Fotos: Willian M. Rocha
 
 
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16 janeiro 2011

*REAÇÕES DA NATUREZA.


Há 33 anos pároco da igreja matriz de Santa Tereza, no centro de Teresópolis, Monsenhor Antônio Carlos Mota do Carmo procura transmitir a seus fiéis palavras de esperança e solidariedade nestes dias pós catástrofe. "As próprias vítimas comentam: ‘só Deus mesmo’. Nada que acontece de mau não tem um lado bom que possa ser valorizado", diz. A igreja ficou intacta, apesar das fortes chuvas que têm atingido a região.
Neste domingo, o monsenhor orou pelas vítimas da tragédia. Disse sentir a população muito chocada e muito aflita. "Há um luto geral", afirma. Porém, o pároco de 67 anos faz um alerta: "a natureza tem seus momentos de fúria, seus momentos de vingança, por ter sido agredida", pontua.
O religioso salienta que os fenômenos climáticos provocam maior desgraça devido à ocupação de locais onde antes a natureza era preservada, como encostas e margens de rios. Para o monsenhor, a responsabilidade pelo desastre não é apenas divina. "Às vezes, há falta de planejamento, de destinação correta das verbas. Há provocação devido ao egoísmo e à ganância, que impedem que os benefícios do progresso cheguem a todas as áreas."
Natural de Tombos, cidade da Zona da Mata mineira, Antônio Carlos admira a generosidade do povo da região serrana fluminense e receita perseverança para que esta rede de solidariedade não esmoreça. "A gente espera que não suceda o que acontece com frequência, que é todo mundo se mobilizar no início e depois se acostumar. Vai passando o tempo e todo mundo esquece. As próprias verbas prometidas às vezes não chegam, as administrações não cumprem o prometido. E isso é muito triste, porque o estrago foi muito grande."
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08 janeiro 2011

*O PRENÚNCIO NATURAL DA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL.

Após o flagrante de crime ambiental da última noite - tema da postagem anterior - Bicas amanheceu sob forte chuva que fez uma "lavagem" nas ruas impregnadas de veneno literalmente "indo tudo por água a baixo", contaminando todo o lençol freático da região e desembocando no já tão poluído córrego São José. É a triste consequência do ato "inconsequente" da secretaria de obras e da prefeitura municipal de Bicas.
A irresponsabilidade de poucos trará graves e incalculáveis prejuízos à população e ao meio ambiente.
Esta é a "máquina" da capina química, criação de homens irresponsáveis.
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*O VERDADEIRO SENTIDO DA PALAVRA DECEPÇÃO.

Dia 07 de janeiro. A verdade se revelou de forma deprimente.
Eram aproximadamente 21h30min quando meu telefone tocou. Uma cidadã biquense bastante indignada ligava para denunciar que estava acontecendo a capina química em nossa cidade, mais precisamente no Bairro Alto das Brisas, nas imediações da Escola Aquarela.
Para lá me dirigi encontrando o calçamento úmido do veneno, que se espalhava pelas ruas adjacentes quando finalmente encontrei a máquina e os funcionários públicos totalmente expostos realizando a capina química. Confesso que um misto de decepção e angústia me mostraram que decepções muito piores estavam por vir. Após um diálogo rápido com os funcionários, se justificaram dizendo estar cumprindo ordens. Deixei claro a cada um que era a saúde deles e da população que estavam sendo colocadas em risco. Me responderam apenas que cumpriam ordens e por isso não tinha como paralisar os trabalhos. Percebi, então de que nada adiantaria. Eram 22h10min, decidi ligar pessoalmente para o prefeito, afinal de contas ainda acreditava em sua sensatez e dignidade.
Num diálogo extremamente curto e igualmente revelador ponderei sobre o fato de que ele havia voltado a praticar o "ilícito", pois existe a Lei Federal de Agrotóxicos e Afins nº 7.802, de 11/07/89 e a Lei de Crimes Ambientais, Lei 9.605, de 12/02/98, ambas proibindo tal prática, contudo a resposta do prefeito, num tom que eu desconhecia, foi apenas esta: “Estou aplicando sim, Amarildo. E vou continuar aplicando!”
Mesmo depois de tudo o que já foi mostrado, comprovado, manifestado em documentos, em moções públicas e o pior, por Leis Federais que proíbem tal prática e a declara “crime ambiental”, o prefeito demonstra total descaso com a saúde pública insistindo em negligenciar com a saúde de todos os biquenses. Será mesmo possível que o prefeito não pense nem na saúde de seus filhos e neto ao insistir nesta insensatez!
Diante do fato, me comuniquei com a polícia sendo feito o registro de ocorrência.
Vai-se ao vento do “poder” a amizade e principalmente o respeito. Fica a grande decepção. Mais um para enriquecer e reforçar o índice de que sensatez e dignidade, pressupostos do bom caráter conflitam-se com o poder não podendo ocupar o mesmo espaço.
A vida continua! Ainda acredito na força da Lei e é nesta crença que continuarei a balizar minhas ações.
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