É sempre muito bom vermos um novo piloto vencer pela
primeira vez na Fórmula 1. Melhor ainda quando se trata de um piloto sul
americano. Ontem foi a vez de a Venezuela escrever seu nome no rol dos países
vencedores na principal categoria do automobilismo mundial.
Pastor Maldonado fez uma corrida digna dos maiores e mais
experientes pilotos, suportando toda a pressão de liderar a maior parte da
corrida tendo Fernando Alonso no seu encalço. Venceu como “gente grande”! O que
dizer dos brasileiros? Bem, prefiro não escrever nada para não correr o risco
de ser injusto.
Mas uma coisa é certa: já passou da hora de acontecer uma
grande reformulação no automobilismo brasileiro. Lembro-me do sucesso e da
organização de nossas categorias de base na década de setenta e oitenta como o
kart, a Fórmula 3 e a Fórmula Ford, que promoveram grandes nomes para o
automobilismo mundial. Época em que o automobilismo estava muito mais próximo
da torcida. Delas saíram Emerson, Pace, Piquet, Moreno, Senna, Gugelmin, Barrichello
e muitos outros que fizeram sucesso na Fórmula 1, transformando o Brasil numa
grande potência do automobilismo mundial. Qual a perspectiva? Será que
elitizaram demais o esporte no Brasil?
Hoje, nós brasileiros só tomamos conhecimento de alguns novos
talentos quando eles, de repente, de uma hora para a outra, aparecem numa
categoria internacional sem que nós mesmos os conheçamos, sem aquele salutar
vínculo de patriotismo que víamos antigamente. Prova de que alguma coisa está errada.
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