30 janeiro 2012

* PEQUENO TANQUE DE RETENSÃO DE AREIA DA PREFEITURA NO TERRENO DO ANTIGO DER JÁ ESTÁ CHEIO.

Toda a enxurrada desce do loteamento trazendo com as águas, muita lama de caulim e areia chegando ao tanque, onde ficam retidos. Data da foto: 30/01/12
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Tanque medindo aproximadamente 4m x 8m x 1m de profundidade antes das chuvas do último fim de semana. Data da foto: 25/01/12
O mesmo tanque após as chuvas. Vejam a grande quantidade de areia retida. Foto: 30/01/12
No objetivo de solucionar temporariamente o problema da lama e areia de caulim que descem da área do "equivocado" loteamento da prefeitura, invadindo a Av. Governador Valadares (a Reta), Rua Dona Miquelina e Rua Quinze, a secretaria de obras abriu um tanque de captação medindo aproximadamente 4m x 8m, com mais ou menos 1m de profundidade na área do antigo DER com o objetivo de reter os detritos. Aparentemente a idéia surtiu efeito, como vimos após as chuvas deste fim de semana.
A questão agora é que o tanque já está quase cheio e se vier mais chuvas antes que toda a areia seja retirada, o problema voltará a acontecer na Reta.
É preciso deixar claro que o problema não acabou! Ainda tem muita areia pra descer! Vai ser preciso retirar toda a areia retida no tanque após cada período de chuva.
O importante agora é a prefeitura fazer a limpeza e cuidar também de não deixar água retida no tanque após as chuvas, pois além de uma perigosa “área de lazer” das crianças da região que estavam nadando no lago formado pela água parada, o tanque se transformou também num grande foco e criadouro do mosquito da dengue, fatos que tem deixado os moradores da Rua Sargento José Carlos da Silva bastante preocupados.
Portanto é necessário que a secretaria de obras fique atenta para que após as chuvas seja retirada a areia retida e que, nos períodos de estiagem seja escoada toda a água que ficar retida no tanque.
Mas não podemos esquecer da origem de todo o problema: O ABSURDO LOTEAMENTO NO CAULIM!
Estarei acompanhando os acontecimentos.

(Em tempo: esta matéria foi publicada antes de tomar conhecimento da represa construída pela prefeitura de Bicas no alto do morro, colocando em risco todos os moradores das imediações, conforme postagem do dia 02/02/2012)
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Fotos: Amarildo Mayrink
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Antes das chuvas.



Depois das chuvas.

Antes das chuvas.
Depois das chuvas.
Antes das chuvas.
Depois das chuvas.
Há que se retirar o grande volume de areia retido no tanque, cuidando para que a mesma não seja depositada em suas imediações, levando-as para um local seguro, para que não possam causar problemas a outros. 
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16 janeiro 2012

*ESTÃO QUERENDO CONSTRUIR CASTELOS DE AREIA.

Área destinada à construção de casa populares pela prefeitura de Bicas.

Visitando o horto florestal de Bicas no domingo, ao chegar à parte mais alta deparei-me com o visual apresentado nas fotos que demonstram claramente a dimensão do problema da área destinada pela prefeitura para a construção de moradias populares.
Uma área marcada pelo abandono após anos de extração de caulim e totalmente degradada pela ação desordenada do homem. É justamente ali, onde se esperava pela realização de um belo projeto de recuperação ambiental, que hoje a prefeitura anuncia a construção das ditas casas populares. Vejam as fotos e analisem.
A realização de um grande sonho – a compra da casa própria - pode se transformar no maior de todos os pesadelos!

Portão de acesso ao parque de exposições pela Reta, próximo ao posto do PSF Nordeste, ainda tomado pela terra e areia de caulim. Todo esse volume de detritos invadiu a Av. Governador Valadares, o parque de exposições e desceu pela Rua Dona Miquelina carregado pela enxurrada.
Em consequência do grande acúmulo de areia e detritos vindos do futuro loteamento no caulim, abriu-se uma verdadeira cratera próximo ao portão de acesso ao parque de exposições pela Rua Dona Miquelina.
A rede de captação de todo o esgoto vindo da reta e do final do morro do cruzeiro está totalmente exposta, deixando tudo a céu aberto. Em dias de fortes chuvas, o sistema de captação recebe grande quantidade de lixo, areia e detritos piorando ainda mais a situação.
A rede de captação de esgoto apresenta grande quantidade de detritos que podem entupi-la e provocar sérios problemas, se já não aconteceu o entupimento. 
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15 janeiro 2012

* CRECHE BIQUENSE NÃO FOI INAUGURADA E JÁ APRESENTA SINAIS DE FALHAS NA SUA CONSTRUÇÃO.



Se não bastasse os problemas referentes à idéia de se construir casas em área totalmente imprópria para tal fim, ao passar em frente à nova creche municipal, já em fase final de construção com previsão de inauguração para o próximo mês de março, a situação do novo prédio me chamou a atenção: ainda do lado de fora, pude perceber inúmeros sinais de umidade deixando à mostra que havia infiltrações das águas das chuvas.
Entrei para observar com mais detalhe e o que vi foi extremamente preocupante. Praticamente todas as salas e demais dependências do novo prédio apresentavam graves sinais de infiltração e muita umidade nas paredes, teto e pontos de luz.
Deixei o local indo direto para a prefeitura, onde encontrei o prefeito ainda na porta e relatei tudo o que havia visto na Creche. O mesmo disse desconhecer esta situação e que iria imediatamente tomar providências. Lembrei-lhe da luta que foi para conseguirmos participar do Proinfância e de meu empenho para tal conquista, pedindo que ele realmente tomasse providências a respeito. 
Passado um mês, retornei ao local vendo que nada havia sido feito, continuava tudo nas mesmas condições - fotos - e a inauguração confirmada para março.
Diante da gravidade da situação entendi que não caberia outra alternativa a não ser notificar o fato através de denúncia ao Ministério da Educação solicitando uma urgente vistoria da obra antes que ela seja entregue à população.
Entendo que diante do que vi a prioridade agora é preservar a segurança de nossas crianças, pois se trata de um dos mais belos programas do Governo Federal, o Proinfância.

Agora é aguardar que o Ministério da Educação tome as devidas providências.





13 janeiro 2012

* O QUE FALTA É ATITUDE.

Assistindo ao jornal da noite, acompanhei uma matéria em que entrevistaram três pessoas que foram protagonistas de cenas que emocionaram o Brasil inteiro no final de 2010 em algumas cidades do estado do Rio de Janeiro que foram devastadas por fortes chuvas, mais ou menos nas mesmas proporções que vimos no final de 2011 na Zona da Mata do estado de Minas Gerais.
As entrevistas foram fantásticas, mas uma em especial, marcou profundamente, convidando a todos os brasileiros que assistiam naquele momento a uma reflexão.
Trata-se de um pai que ficara soterrado por mais de quinze horas segurando no peito seu pequeno filho. Nunca deixou de acreditar que seriam salvos. Num gesto de amor, esperança e fé colocava sua própria saliva na boca do menino como forma de protegê-lo, esperançoso de que daquela forma estaria aumentando as chances de salvá-lo.
Como num grande milagre, após quinze horas soterrados, a equipe de salvamento do Corpo de Bombeiros encontrava vivos, pai e filho.
O repórter então perguntou a este pai: Após um ano, o que mudou na sua vida?
O pai então respondeu: Entendi que é preciso acreditar, ter fé, ter esperança sempre.
O triste é ver que muito pouco foi feito depois que tudo aconteceu. Que desviaram recursos.
O que você espera daqui pra frente? O que eu espero das pessoas é ATITUDE!

10 janeiro 2012

*COMENTÁRIO DO LEITOR E ENGENHEIRO BRUNO FERREIRA MERECEU UMA POSTAGEM.

O amigo e leitor Bruno Vieira Ferreira, Engenheiro Civil, deixou seu comentário na postagem "FALTA DE PLANEJAMENTO DA PREFEITURA LEVA UM MAR DE LAMA PARA VÁRIAS RUAS DA CIDADE" que, pela riqueza de sua avalização mereceu essa postagem, para que todos tenham a oportunidade de conhecer melhor a dimensão do problema.

Prezado Amarildo.
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Sábias palavras publicadas neste espaço. Como morador da Miquelina por mais de 15 anos, também já vivenciei grandes tempestades e o máximo que se via era um enorme volume de água, praticamente "limpa", mostrando que o ali escoava era apenas água pluvial.
Concordo com o exposto acima, exceto em um ponto: “é apropriado construir casas em terrenos cujo solo é composto de caulim?”
Como profissional de engenharia posso afirmar que realmente uma área composta basicamente de caulim não tem um solo com capacidade de suporte ideal para fundação para construção de qualquer tipo de estrutura, principalmente residências.
Porém, o ser humano tem inteligência e competência para estudar alternativas que possibilitam realizar enormes projetos de engenharia. Não se faz necessário exemplar projetos que comprovem o descrito, como edifícios que venceram as alturas em mais de 1.500m, barragens que geram energia capaz de abastecer um país como o Paraguai e 20% do Brasil e muitos outros já construídos no mundo.
Não estou querendo comparar obras faraônicas com a nossa pequenina cidade de Bicas, mas apenas abrir os olhos da administração pública. Um projeto bem estudado, embasado tecnicamente, com participação de pessoas que realmente entendem do assunto, é capaz de atender, e até superar, o objetivo de qualquer empreendimento que tem apenas visão política.
A área em questão é a mais indicada para se construir casas populares em Bicas? Talvez não. Contudo, mesmo não tendo facilidades técnicas que viabilizam o empreendimento, é possível construir qualquer estrutura nesse local, desde que um bom estudo, que levaria a um excelente projeto, fosse estudado, e sem sombra de dúvidas viabilizaria um tecnicamente empreendimento no local sem prejudicar moradores da região. Engenharia pra isso existe, basta saber aplicá-la.
Seria viável economicamente? Talvez não. Mas é fato que, um bom projeto não iria gerar tantos transtornos como vivenciados nos últimos dias.
Quem sabe um dia, os responsáveis pela administração pública biquense, e vou mais além, brasileira, repensem suas ações e passam a executar empreendimentos, mesmo aquelas que têm apenas interesse político, com um bom estudo preliminar, visando o bem estar de todos os envolvidos.
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Um abraço.
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Bruno Vieira Ferreira
Engenheiro Civil
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Caro leitor e amigo Bruno Vieira Ferreira,
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Antes de tudo, gostaria de agradecer a sua participação e a riqueza das informações prestadas numa avaliação clara e direta.
Se por um lado você me anima quanto à viabilidade do projeto desde que todas as suas indicações sejam seguidas, me deixa também ainda mais cético quanto à construção destas moradias. Isso porque praticamente todas as obras que a prefeitura realizou nos últimos anos tiveram seus projetos rejeitados por mais de duas vezes cada. A grande maioria das vezes, por falhas na elaboração dos mesmos, pela falta de informações técnicas básicas e até por erros grosseiros de cálculos que invariavelmente levaram a prefeitura a pedir prorrogação de prazos para execução das obras, além de aumentar consideravelmente os custos das obras na elaboração de novos projetos.
Como conseqüência, foi normal vermos a finalização destas obras “a-toque-de-caixa” para concluí-las dentro dos prazos determinados e já impossibilitados de serem mais uma vez dilatados. 
Já vimos em Bicas cobertura de quadra esportiva recém inaugurada dobrar como papel e desabar, construções novas cheias de infiltrações, calçamentos de ruas se deteriorando e até se soltando completamente nas primeiras chuvas, sinalizando provável uso de materiais de má qualidade para baratear o custo final das obras ou para aumentar a margem de lucros e obras sendo abandonadas pelo meio por construtoras que se mostraram de idoneidade suspeita. Pior foi vermos o município perder recursos por estes mesmos motivos.
Enfim, voltando à construção das casas, um bom estudo, que leve a um excelente projeto e possa viabilizar tecnicamente o empreendimento no local - além da questão da viabilidade econômica - deve levar muito tempo. Tempo que não existirá se tal projeto tiver objetivos meramente eleitoreiros, como infelizmente parece.
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Concluo com sua frase final, Bruno. 
"Quem sabe um dia, responsáveis pela administração pública biquense, e vou mais além, brasileira, repensem suas ações e passem a executar empreendimentos, mesmo aqueles que tem apenas interesse político, com um bom estudo preliminar, visando o bem estar de todos os envolvidos."
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07 janeiro 2012

*FALTA DE PLANEJAMENTO DA PREFEITURA LEVA UM MAR DE LAMA PARA VÁRIAS RUAS DA CIDADE.


Começa um novo ano, mas para os moradores da Av. Governador Valadares, a Reta, continua tudo igual. Ou seja, muita água suja e lama na rua, invadindo também algumas casas e estabelecimentos de comércio locais, além de obstruir temporariamente o tráfego de veículos pela rua que é o único acesso ao município de São João Nepomuceno. 
E o pior é que o problema não fica só na Reta. A lama invade o parque de exposições e desce com a enxurrada pela Rua Dona Miquelina, desembocando toda a sujeira na Rua Getúlio Vargas, a Rua Quinze, invadindo casas, comércio e indústria causando grandes prejuízos.
Nada disso existia em tão grandes proporções até alguns meses atrás. Nos dias de grandes temporais, víamos as águas descerem em grande volume e escoando rapidamente ao primeiro sinal de diminuição ou do fim das chuvas.
Mas o que então está motivando tudo isso?
Todos estes problemas e transtornos estão sendo causados por um trabalho de terraplanagem da prefeitura na área da antiga extração de caulim localizada no fim da Reta, quase em frente ao posto do PSF Nordeste. Segundo informações da prefeitura, o projeto é construir casas populares na área.
O problema é que, seja por falta de planejamento ou erro na elaboração da metodologia de trabalho, essa obra fez com que aumentasse assustadoramente o volume do escoamento de água na região e o pior, trazendo muita lama e areia de caulim. Já passamos por chuvas de tamanha intensidade, mas há muito tempo não vivíamos tantos problemas como hoje.
Uma verdadeira corredeira se formou na Rua Dona Miquelina desembocando tudo na Rua Quinze para o desespero de muitos moradores, comerciantes e empresários.
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Este mar de lamas trouxe à tona também outra discussão: é apropriado construir casas em terrenos cujo solo é composto de caulim? É seguro desenvolver projetos de moradia popular em áreas já degradadas por mineração?
Em minha participação na vida pública, seja como vereador de 2001 a 2004, seja como vice-prefeito de 2005 a 2008, tive a oportunidade de vivenciar e discutir problemas parecidos envolvendo áreas impróprias para a construção de moradias populares. 
Ainda como vereador, no mandato 2001/2004, o prefeito à época quis construir moradias populares no bairro Gilson Lamha. Tentei de todas as formas mostrar a inviabilidade do projeto, pois pretendiam construir as casas onde fora o lixão da cidade. Isso mesmo, onde se depositava todo o lixo recolhido na cidade, a aproximadamente uns trinta anos atras! 
Mas não teve jeito. A prefeitura insistiu na idéia e deu no que deu. O projeto não foi aprovado.
No mandato 2005/2008, já como vice-prefeito, o prefeito - ainda hoje em exercício após reeleição – cismou de construir casas populares no mesmo local. Argumentava que o que faltava era um bom projeto de drenagem do local. Mais uma vez, insisti na inviabilidade do projeto. Que nenhum órgão estadual ou federal aprovaria a construção de moradias populares em cima de um antigo lixão. Empacado como é, o prefeito não me ouviu!
Deu-se início às obras e logo se percebeu a dimensão do problema: a movimentação das máquinas e os constantes desaterros abalaram e comprometeram a estrutura de várias residências logo acima da área das obras, comprometendo também o galpão-sede da associação de moradores do bairro, tendo inclusive desabado sua cozinha. Este fato motivou na época um acordo da prefeitura com a associação de moradores, onde a prefeitura trocou dois lotes ao lado da Capela Nossa Senhora Aparecida pelo galpão-sede estruturalmente comprometido, através de permuta, comprometendo-se também em erguer um novo prédio para sede da associação. Lamentavelmente, a prefeitura não honrou este compromisso até o dia de hoje.
E deu no que deu... Mais uma vez, o projeto foi recusado. Não sem antes a prefeitura ter investido grande quantia de recursos em local não apropriado para tal construção. Neste caso, pelo menos, não foi de tudo perdido, já que no local foi construída a quadra esportiva do bairro.
Veio então a discussão sobre o loteamento da Cutieira e até onde pude acompanhar, a prefeitura cortou um dobrado para convencer a COHAB a liberar, sabe-se lá como, a construção. Todos se lembram que o projeto ficou no sai-não-sai por muito tempo.
Agora surge um novo projeto: construir casas em uma antiga área de mineração de caulim. Sou cético quanto à aprovação do mesmo. Mais cético ainda quando vislumbro a real possibilidade de a prefeitura conseguir tal liberação através de influências políticas, largando uma bomba de efeito retardado nas mãos dos futuros compradores e de futuras administrações. 
Mas isso é outra questão!
Hoje, o que os moradores da Reta e adjacências querem é uma providência concreta para a solução deste mar de lamas que virou a Governador Valadares.
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Mais um vídeo, agora do amigo Carlos Eduardo, morador da Reta. 


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