27 setembro 2012

* HISTÓRIA DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS EM BICAS - 1988.


No momento em que vivemos o clima das eleições deste ano, tive hoje um encontro com o amigo Fernando, da banca de jornais e revistas de Bicas, para aquele bate-papo quando ele tira do seu “baú histórico” um envelope com os famosos "santinhos" de candidatos. Até aí, nada demais! 
Só que se tratavam de santinhos de candidatos a vereador nas eleições de 1988, quando ocorreu a disputa entre José Cúgola e Jacyr Moreira para o cargo de prefeito, vencido por este último.
Não acredito que tenhamos aqui, a apresentação de todos aqueles que se candidataram naquele pleito, mas passo a apresentar todos os “santinhos” gentilmente cedidos pelo Amigo Fernando.
Vale à pena revivermos esta interessante parte da história de nossa cidade.
Portanto, com vocês, os CANDIDATOS A VEREADOR EM BICAS nas eleições de 1988:
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Candidatos a Vereador apoiando Jacyr Moreira para Prefeito e José Maria Guarnieri para Vice.




Candidatos a Vereador apoiando José Cúgola para Prefeito e Edir Moreira para Vice.

 

16 setembro 2012

* FISIOLOGISMO! ATO ESTREITAMENTE LIGADO À CORRUPÇÃO POLÍTICA.


Fisiologismo é a “arte” de acumular vantagens pessoais no exercício de cargos públicos, em especial, em cargos eletivos.
É um tipo de relação de poder político em que as ações e as decisões políticas são tomadas em troca de favores como contratação de parentes, favorecimentos e outros benefícios a interesses individuais.
É um fenômeno que ocorre freqüentemente em parlamentos (vereadores), que votam contra os interesses da comunidade que representa em troca de benefício próprio, mas ocorre também no poder executivo (Prefeitura). É quando um vereador deixa de cumprir sua obrigação de fiscalizar o prefeito em troca de benefícios pessoais, “acobertando” erros administrativos e prejudicando toda a população. Portanto, está estreitamente associado à corrupção política.
Um exemplo de fisiologismo é o caso de políticos que aproveitam da importância de seus cargos para adquirir vantagens pessoais, como contratação de parentes, utilização dos bens públicos para uso pessoal, etc. 
Exemplo: Quando a prefeitura pretende realizar convênio com uma instituição que se encontra ilegal, o vereador é obrigado a vetar tal associação ilícita, pois fatalmente trará grandes prejuízos ao município e a todos os cidadãos. Aí acontece o fisiologismo, a tramóia!
Se na sua cidade, a prefeitura celebrou convênio com uma instituição que não possuía certidões negativas, esta prefeitura praticou a ilegalidade e os vereadores foram coniventes. Se isso aconteceu, verifique se os vereadores acumularam algum tipo de benefício, se praticaram um dos maiores cânceres da administração pública, o “nepotismo”. Se os vereadores colocaram a “parentada” na prefeitura, fatalmente foram coniventes e corruptos. Praticaram o mais deslavado fisiologismo!
Fisiologismo é, portanto, a parte podre das relações políticas, levada a cabo pela troca de favores ou benefícios individuais no cumprimento das ações públicas.
Portanto, eleitor, fique de olho! Basta observar com um pouco mais de atenção e você encontrará um bando de corruptos pelas câmaras municipais e prefeituras de nossas cidades.
As eleições estão chegando! É a hora certa de eliminá-los!
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09 setembro 2012

* O EFEITO CATASTRÓFICO DOS "GRUPOS E LADOS" DA POLÍTICA BIQUENSE.



Estando a um mês de uma eleição que definirá o rumo de nossa cidade nos próximos quatro anos, venho acompanhando alguns debates, em especial no facebook, onde entre tantas “pérolas”, li recentemente:
..."uns estão na campanha ganhando o seu dinheiro, outros garantindo seu emprego, outros querendo emprego se o seu candidato for eleito"...
Ou então as palavras mágicas que vem marcando a disputa eleitoral em Bicas nos últimos anos: “GRUPO” e “LADO”, do tipo “o meu grupo”, “o grupo que eu faço parte”, “o nosso lado é o melhor”, “o outro lado não presta”, enfim, percebe-se ao final que todos que cultivam e cultuam estes “grupos ou lados”, sem exceção, têm preocupações individuais, o mesmo pensamento dominante, ou seja, cada membro do “nosso grupo ou lado” caso sejamos vencedores, terá a sua fatia no bolo.
Isso mesmo! Transformaram nossa cidade em um bolo e dividiram em fatias que serão saboreadas, degustadas pelo “GRUPO ou LADO” vencedor. E o povo? A grande maioria das pessoas que desejam uma cidade realmente melhor e igualitária? Deveremos todos nós, cidadãos biquenses portadores de iguais direitos e deveres ficarmos sujeitos às migalhas enquanto a minoria vencedora ocupante dos GRUPOS ou LADOS degustará vorazmente o bolo.
Reforço o termo minoria, pois a maioria dos ocupantes dos GRUPOS e LADOS, aqueles que empunham as bandeiras de seus “líderes”, inflama-se em estúpidos “campos de batalha” nestes períodos onde sentimentos como lucidez e cautela são completamente esquecidos, não compreendem que normalmente são eles os primeiros a viverem a triste experiência de saborear as primeiras migalhas que caem ao chão.  
A pergunta é: 
Qual candidato a prefeito tem propostas para a cidade, para todos os biquenses e prega isso em seus discursos e assume este compromisso em público?
Minha sugestão: 
Candidato que nesta reta final insistir em usar estas duas palavras mágicas de efeitos catastróficos – MEU GRUPO ou MEU LADO - tipo “o meu grupo é melhor” cuidado!
Ele não tem compromisso com você ou com cada um de nós, cidadãos biquenses.
Ele já deixou claro: Será quatro anos de O MEU GRUPO, O MEU LADO.
Sigo apreciando para exercer da melhor forma o meu direito de escolha.
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04 setembro 2012

* UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA DA FERROVIA ENTRE BICAS E GUARARÁ.

Nesta foto, o registro de tempos românticos, onde vemos o ponto de onde partia o bonde de tração animal da Estrada de Ferro Guararense, local onde hoje está situado o prédio da Prefeitura Municipal de Bicas. É possível ver ao fundo a estação ferroviária de Bicas.
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Muito se fala sobre a famosa Rua do Bonde, sobre o porquê deste carinhoso “apelido” à Rua Artur Bernardes.
Para resgatar uma importante parte da história de nossa cidade - da nossa história - pesquisei meus arquivos de fotos antigas e contei principalmente com a preciosa contribuição de minha irmã Marly Maria Mayrink, outra pesquisadora por natureza, que após passar uma tarde garimpando histórias em antigos jornais da Zona da Mata de Minas Gerais na Biblioteca Nacional, encontrou algumas preciosidades como as propagandas da Estrada de Ferro Guararense, publicadas no Jornal O Guarará, datado de 19 de julho de 1896 com anúncios de horários e preços das passagens.
Nesta época, a Villa de Bicas era Distrito de Guarará e a Estrada de Ferro Guararense administrava o transporte de passageiros sobre trilhos, inicialmente em vagões tracionados por uma pequena locomotiva que funcionou por aproximadamente dez meses, tendo seus serviços paralisados após enfrentar problemas de sub-dimensionamento da pequena locomotiva relativo ao vagão tracionado. 
O serviço de transporte sobre trilhos voltou a funcionar algum tempo depois com novos vagonetes e tração animal, tendo como principal objetivo interligar a sede do Município à estação de trens da Leopoldina, localizada na Villa de Bicas.
Num dos anúncios, podemos ver a preocupação dos administradores da “ferrovia” em combinar seus horários com os horários dos trens da Leopoldina.

Em tempo: Por entender ser de grande importância e esclarecedoras as informações do amigo e historiador guararense Francisco Oliviera http://oguararense.blogspot.com.br apresentadas na caixa de comentários desta matéria, entendi por bem trazê-las na íntegra a todos os leitores.

"A Estrada de Ferro Guararense, conforme atesta Francisco de Sequeiros Teixeira em seu "Almanach do Município de Guarará",
um livro que está entre o raro e o impossível de ser adquirido, teve um curto período de duração: 10 meses.

Após uma série de entreveros, o Sr Agente Executivo abriu concorrência pública para a venda (Resolução N. 2 de 18 de maio de 1897) e, no fim das contas foi encomendado ao sr. Paschoal Lamoglia a adatação de "bonds" por tração animal à malha ferroviária ja existente. Quanto ao maquinário outro, cuja aquisição careceu de competência técnica, ficou à deriva e acabou como sucata.

- Almanach do Município de Guarará, F. S. Teixeira. Tipografia Gazeta de Guarará, 1899
- O Correio de Minas ANNO IV, 01 de 06 de 1897."
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Anúncios da estrada de Ferro Guararense com horários de partida e valores das passagens, publicadas no Jornal O Guararense em 23 de julho de 1896.
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Foto da Rua Coronel Souza, onde vemos os trilhos da "Estrada de Ferro Guararense". No cercado à direita da foto, local onde hoje está situado o Banco do Brasil.
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